Depois de Alckmin, Bolsonaro também diz que vai acabar com Ministério do Trabalho

Da redação – Em entrevista à TV TEM (afiliada da TV Globo), neste sábado (25), o candidato do PSL prometeu “tirar o Estado do cangote do produtor”, ameaçando a existência do Ministério Público do Trabalho. A política de destruir as conquistas históricas dos trabalhadores defendida aqui por Bolsonaro, a pouco tempo foi defendida por Geraldo Alckmin (PSDB) em rede nacional, demonstrando um alinhamento da política da burguesia em muitos pontos no programa de seus diversos representantes.

A situação da burguesia tem se degradado em ritmo acelerado, se desvelando de maneira clara nas altas estruturas do Estado, onde através de chicanas jurídicas e sucessivas arbitrariedades impostas ao ex-presidente Lula, o maior líder popular do país, buscam dar sequência ao golpe de Estado que teve início em 2016, com o impeachment de Dilma Rousseff. Neste ínterim, aglomeraram-se diversos setores em disputa, cujo objetivo central consiste na liquidação dos direitos dos trabalhadores e a instauração do neoliberalismo.

O candidato cuja missão é dar sequência à entrega do patrimônio nacional e destruir a economia nacional através do plano neoliberal imposto por seu predecessor Fernando Henrique Cardoso (PSDB), Geraldo Alckmin, conhecido como “picolé de chuchu”, em entrevista dada à GloboNews, no dia 2 de agosto, confirmou seus planos mirabolantes, onde demonstrou seu interesse no desmonte da educação pública, afirmando que planeja acabar com a gratuidade do ensino público superior. Nessa mesma entrevista, o candidato postulou que avalia a extinção do Ministério do Trabalho. Embora pareça coincidência, seus epígonos também defendem essa ideia, como é o caso do filisteu, Jair Bolsonaro (PSL), que segue a mesma cartilha.

Com isso, observamos que a burguesia movimenta suas cartas (candidatos) na mesa, procurando ludibriar o povo através de um jogo político em que as cartas apresentadas passem uma ideia de mais ou menos aceitáveis, ou seja; a escolha entre os candidatos seja, entre o monstro e o mocinho. Ao escolher o mocinho buscando isolar o monstro, evolui-se inconscientemente em direção ao crescimento da extrema-direita.

Os agentes da burguesia podem mudar de aparência, mas são incapazes de ocultar seu principal objetivo: por em marcha uma sequência de ataques contra a classe trabalhadora e reduzir todos os direitos conquistados pelos trabalhadores através de árduas batalhas, a pó. Tudo isso para assegurar os lucros colossais dos capitalistas e sua pretérita condição de vassalagem aos verdadeiros donos do poder, o imperialismo. Nesse sentido, devemos esclarecer a população que a luta contra o golpe deve considerar a luta contra a burguesia em conjunto e não em setores isolados, uma vez que em detrimento do movimento político real, os setores se agrupam em torno do fantoche mais apropriado para pôr em pratica seus abjetos planos ulteriores.