Crise interna do golpe: Barroso dá continuidade à investigação contra Temer

Da redação – O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luís Roberto Barroso autorizou a Polícia Federal a dar sequência às investigações do inquérito que apura pagamento de propina ao presidente golpista Michel Temer pela edição do decreto dos Portos que foi editado pelo golpista em 2017. As últimas ações da operação prenderam o ex-assessor do golpista, José Yunes, o dono da empresa Rodrimar, Antônio Celso Grecco, o ex-coronel da Polícia Militar de São Paulo, João Batista Lima , o ex-presidente da Codesp (administradora do porto de Santos), Wagner Rossi junto ao seu auxiliar Milton Ortolan, todos nesta última quinta-feira (29).

Não se trata de uma prorrogação do inquérito, pois a PF havia pedido 60 dias para continuar apurando fatos ligados ao decreto, porém, Barroso quer ouvir antes a PGR (Procuradoria Geral da República).

A necessidade de uma investigação sobre a edição do Decreto dos Portos foi inicialmente apontada pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em junho, quando a PGR enviou ao Tribunal a denúncia contra Temer, que, vale ressaltar, já foi salvo duas vezes pelo Congresso comprado com o dinheiro dos trabalhadores. Após estar escancarado as arbitrariedades de Michel Temer, a ponto de não conseguir mais segurar o processo, Barroso disse que havia “elementos suficientes para instauração e inquérito”.

A Operação Skala afirmou que está rastreando quando teriam começado as relações das empresas com os “amigos de Temer”. O ex-assessor de Michel Temer, José Yunes, foi preso nos passos mais recentes. As acusações levantadas começaram com o grupo Libra, que conseguiu junto ao governo a renovação da concessão para atuar em portos, mesmo devendo mais de R$ 2 bilhões aos cofres públicos.