Crime de ter cabelo crespo: modelo é condenada por assalto mesmo não estando na cidade no dia do ocorrido

A modelo e dançarina negra Bárbara Querino, de 20 anos, foi condenada nesta sexta-feira (10) pelo Tribunal de Justiça de São Paulo a cinco anos de prisão por assalto, mesmo tendo provado sua inocência. Evidentemente, Bárbara foi condenada pelos nazistas do Tribunal de Justiça de São Paulo, não porque tenha cometido algum crime, o que provou não ter feito, mas por que é negra

Bárbara é acusada fortuitamente por assaltos ocorridos no dias 10 e 26 de Setembro do ano passado em Santo Amaro, zona sul de São Paulo. A modelo foi presa duas vezes; uma no dia 4 de novembro, após uma abordagem, junto com seu irmão e uma amiga, na ocasião ela ficou 16 horas imobilizada em uma viatura, prestou depoimento e foi liberada, no entanto, teve seu nome vinculado aos assaltos, foi fichada e ainda foi mostrada em um programa Policial da TV como participante.

No dia 16 Janeiro deste ano foi presa novamente, desta vez com mandado de prisão, já que uma testemunha teria supostamente reconhecido sua foto.

Contra Bárbara pesa única e somente o depoimento de duas vítimas de um assalto ocorridos em 10 e 26 de setembro. Uma das vítimas do assalto, porém afirmou estar de costas e a outra diz que “o cabelo era parecido” isso foi o suficiente para os fascistas de toga condená-la a cinco anos de prisão. O chocante, porém é que Bárbara provou nem mesmo estar na cidade de São Paulo no dia 10 em que a acusam de ter cometido um crime.

Bárbara estava na cidade do Guarujá realizando um trabalho para o qual foi contratada, mostrou as fotos que fez como modelo, tem testemunhas que afirmaram em juízo terem ido e passado o dia com ela, etc. Os argumentos não comoveram os juízes que a condenaram mesmo com as provas de sua inocência nas mãos. Bárbara afirmou ainda que no dia 26 estava em casa.

O irmão de Bárbara, também preso, confessou ter participado do crime, mas inocentou a irmã, acontece, porém, que não se sabe em que condições ocorreu tal confissão, provavelmente fora torturado para confessar, o que é de praxe no Brasil. 

Este caso mostra, além do exemplo de racismo atroz característico do judiciário e dos nazistas que o compõe, que a eliminação dos direitos democráticos do povo, promovido pelos golpistas, e que setores de esquerda apoiaram em nome da “luta contra a corrupção”, atinge mais dramaticamente a população oprimida do país, ou seja, a população negra e pobre. A Bárbara e a seu seu irmão não foram concedida os direitos democráticos mais elementares como a presunção de inocência, o devido processo  legal, ao contrário,  Bárbara, uma jovem de 20 anos, foi jogada numa cela fria da prisão Brasileira sem direito, sem nada. 

Os mesmos que condenaram barbara, são os mesmos que deram e apoiaram o golpe, os mesmo que condenaram Lula e que querem condenar o povo a miséria para satisfazer os interesses de seus donos, o imperialismo mundo.

Todo o processo é uma fraude, os juízes e os policiais são os verdadeiros criminosos. Liberdade para Bárbara, presa pelo regime racista do judiciário brasileiro.