Covas quer menos músicos na Paulista

Da redação – A prefeitura fascista de São Paulo está achando um problema a efervescência cultural que é a avenida Paulista e pretende reprimir a manifestação popular, tornando obrigatório o cadastramento dos artistas e estipulando arbitrariamente os pontos em que os artistas seriam “permitidos” de se apresentar.

“O ideal é que não tivesse nada na Paulista, mas, se continuar, que pelo menos faça cadastro”, defende Célia Marcondes, presidente coxinha da Sociedade dos Amigos e Moradores do Bairro de Cerqueira César. “O mínimo que se espera é que alguém coloque ordem.”

O cinismo é aumentado com a informação de que “as  associações estudam propor à Prefeitura que o programa seja transferido para o Vale do Anhangabaú, no centro”.

Ou seja, o público cada vez maior nas apresentações causa “desconforto” nos cochinhas da Paulista, que querem jogar o povão que está passando a frequentar o local, para o centro da cidade. A Paulista abriga o centro financeiro do Brasil e a burguesia facista não gosta que o povo esteja muito próximo desse antro parasita.

Já a opinião de quem toca no local é outra: “Toda burocracia é um retrocesso. A Paulista está linda, com a música preenchendo todos os espaços”, afirma Thiago Calle, de 30 anos, organizador do Jazz na Kombi.

Essa é a mais uma medida repressiva do PSDB em São Paulo.