Copa e golpe: culpar o povo e o futebol pelos ataques ao povo ou culpa a direita?

O Brasil foi vítima de um golpe de Estado, que derrubou a ex-presidenta Dilma Rousseff, eleita em 2014 com mais de 54 milhões de votos e que prendeu o ex-presidente Lula, que é virtualmente o vencedor das eleições de 2018.
Esse golpe deu início a um dos maiores ataques aos direitos democráticos, sociais e trabalhistas do povo, além de promover a dilapidação de todo o patrimônio nacional com a venda das estatais e do próprio solo brasileiro.

A campanha golpista, ainda em 2014, chamava o “não vai ter copa”, para desestabilizar o então governo PT, e, agora, também quer fazer crer que tudo que acontece no País é culpa da Copa do Mundo que está em andamento. Que o trabalhador está sendo alienado pelo futebol, e que, por isso, não vai a luta. A culpa, para eles, é da Copa e do próprio povo que gosta do futebol e de Neymar.

Essa é uma maneira fácil de não lutar contra a direita, de fugir da luta política contra os golpistas que tomaram de assalto o regime brasileiro. Em último caso, mais uma forma de se adaptar ao regime golpista. A culpa do golpe e de seus efeitos é de quem deu o golpe: a direita.

O futebol brasileiro na Copa do Mundo, muito pelo contrário, oferece a possibilidade do trabalhador levantar a cabeça, sair da defensiva e se orgulhar de uma seleção capaz de atropelar os times imperialistas nas quatro linhas, de pôr abaixo a “superioridade” dos poderosos, que só tem como recurso, em todos os níveis, a truculência.