Conta de luz virá em dólar: entrega da Eletrobras tem primeira vitória no Congresso

Conta de luz virá em dólar: entrega da Eletrobras tem primeira vitória no congresso

É um verdadeiro escárnio o que faz o governo Golpista: primeiro sucateia a empresa, desvaloriza e, posteriormente privatiza.

É verdade também que os golpistas se utilizam de uma nova semântica, não dizem privatização, mas, “desestatização” ou “democratização do capital”, no fundo um eufemismo e a implementação de velha e conhecida privatização da empresa.

A ELETROBRAS (Centrais Elétricas Brasileiras S. A.) Empresa estatal criada em 25 de abril de 1961, pode estar com seus dias contados, Temer e demais golpistas querem inviabilizar o país com a entrega de setores estratégicos da economia, como a energia.

Aos 17 de abril de 2018, na Comissão Especial, a PL 9463/18, teve início a Desestatização da Eletrobras. Em que pese que a venda da Eletrobrás tenha resistências no Congresso por ser a empresa estratégica para o País e não deveria ser entregue à iniciativa privada, a entrega da empresa é uma exigência do Imperialismo.

Fato é que hoje, a União tem 60% no capital total da Eletrobras, incluindo BNDES e fundos de pensão. Conquanto, a Privatização da Eletrobras chega ao Congresso. Na verdade, a União e fundos ligados ao governo detém 63% da estatal. A participação deve cair a menos de 40%.

Em que pese que ainda exista um caminho a ser percorrido eis que o assunto precisa passar pelo Congresso porque a lei que criou a Eletrobras proíbe que a União perca o controle da estatal, os congressistas correm para fazer a entrega da empresa.

É mais um aspecto do capitalismo de choque descrito por Naomi Klein no livro ¨Doutrina do Choque¨. As contas de luz terão bandeira vermelha no mês de agosto e os preços irão disparar, os preços irão mesmo explodir.

Em sua A DOUTRINA DO CHOQUE, Noami Klein escreve sobre as novas Leis “que permitiam o controle das empresas estrangeiras sobre 100% desses recursos foram aprovadas, (outras vezes)… “foi decretado e, dentro de dois anos, a riqueza natural da Indonésia – cobre, níquel, madeira, borracha e petróleo – estava sendo dividida entre as maiores companhias de mineração e de energia do mundo”.
Noami fala do caso do Chile e do Brasil na entrega dos setores estratégicos e localiza o surgimento da guerrilha nesse exato momento de entrega:

“Para aqueles que conspiravam para depor Allende, na mesma época em que o programa de Suharto estava sendo implementado, as experiências do Brasil e da Indonésia permitiram um amplo estudo de contrastes. Os brasileiros tinham feito pouco uso do poder do choque, esperando anos até mostrar seu apetite pela brutalidade. Isso tinha sido um erro quase fatal, porque permitiu a seus oponentes a chance de se reagrupar e, em alguns casos, formar uma guerrilha armada de esquerda. Embora os militares conseguissem manter as ruas vazias, a oposição emergente forçou a maior lentidão dos planos econômicos.”

O imperialismo agoniza e precisa redesenhar o mundo. Precisa recolonizar o mundo. A classe operária e, só ela, pode reverter esse processo.