“Comitezinho da ONU”: para imprensa burguesa, Organização não vale nada quando não é a favor do imperialismo

O cinismo da imprensa burguesa brasileira é impressionante. Os jornais, que sempre consideraram a Organização das Nações Unidas (ONU) como o “órgão supremo” internacional, quando a Organização se posicionava à favor do imperialismo para atacar e bombardear países pobres – por exemplo -, agora, que o Comitê de Direitos Humanos da ONU, o mesmo que legitimou a invasão do Iraque e eles apoiaram, declarou que Lula deveria participar das eleições, criticaram a organização internacional.

Obviamente, que a declaração da ONU é relativa e expressa uma profunda crise dentro do próprio imperialismo mundial, que tem setores que se mostram receosos diante do enorme apoio popular da candidatura Lula, como se expressou na gigantesca manifestação em Brasília, no último dia 15.

Diante disso, Eliane Cantanhêde, do reacionário Jornal O Estado de S. Paulo (“Estadão”), se pronunciou contra a decisão da ONU e chamou o comitê de Direitos Humanos de “comitêzinho”. A jornalista é a mesma que, anos atrás, chamou de “massa cheirosa” os convencionais do PSDB, partido que sempre apoiou.

Para a imprensa golpista, as decisões da ONU só valem quando são a favor do imperialismo. Quando isso ocorre, a legitimidade de um posicionamento da organização vale tanto quanto a palavra de um ser supremo. Agora, quando a decisão  não é favorável à política do imperialismo, a ONU se torna insignificante e a decisão não vale nada.

Este é o cinismo tradicional da imprensa golpista e dos jornalistas da burguesia.