Comitês de luta, instrumentos essenciais para a mobilização contra o golpe

O golpe de Estado se insinuou antes mesmo do impeachment de Dilma, durante o processo farsesco do “mensalão”, onde resultaram as primeiras prisões de dirigentes políticos do Partido dos Trabalhadores, entre eles, José Dirceu.

Desde então se desenharam algumas reuniões que agrupavam pessoas, de partidos de esquerda e de outros movimentos sociais, dispostos a organizar alguma reação diante dos ataques da direita, que avançavam dentro e fora do parlamento. O PCO chamava abertamente a necessidade de construção de comitês de luta contra o golpe. 

Após o impeachment, ficou clara a necessidade de comitês de luta contra o golpe de Estado, que sejam capazes de agir contra o golpe, através de meios próprios, diante das dificuldades e paralisia das direções.

Daí surgiram as colagens, panfletagens, atividades das mais variadas que debatiam o golpe de Estado, os ataques da direita, e organizava a atividade dos ativistas contra os golpistas.

O Partido dos Trabalhadores chamou à criação de comitês em defesa de Lula, corretamente, diante da iminente prisão do ex-presidente, que, infelizmente, aconteceu. Antes mesmo, os comitês volta Dilma também se mobilizaram em conjunto com os demais comitês em uma série de atividades, incluindo aí duas idas à Brasília (DF) para protestar contra o impeachment fraudulento de Dilma.

Isso tudo com a ida de todos esses comitês e organizações para Curitiba (PR) e Porto Alegre (RS) em atos nacionais, organizados com base em contribuições espontâneas, com campanha financeira. Isso para resumir em curtas linhas a atividade dos comitês.

Agora se coloca a Conferência Nacional de Luta Contra o Golpe, que está sendo organizada por estes mesmos comitês, e outros que foram criados nesse trajeto, e marca um novo e fundamental passo da luta contra o golpe.

Em grande parte, a Conferência Nacional é resultado de toda a luta contra o golpe feita até aqui, e agrupa todos aqueles que já superaram as ilusões nas instituições golpistas e querem derrubar, nas ruas, o golpe de Estado e libertar Lula.