Combate às “fake news” é pretexto para perseguir imprensa de esquerda

Em mais uma manobra trapaceira, o Poder Judiciário, como parte integrante da burguesia, vem buscando as mais variadas formas de acabar com os direitos básicos da população, como o habeas corpus, a presunção de inocência e a liberdade de expressão.

Desta vez, na figura de Luiz Fux, Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), eles estão tentando introduzir no meio do emaranhado de leis opressivas do país mais um engodo jurídico, conhecido como “combate às ‘fakes news’”, as “notícias falsas da internet”.

Considerando o grande fluxo de informações que circulam na rede, a burguesia está à procura de meios para controlar os conteúdos aos quais população tem acesso, principalmente aqueles relacionados à política e ao poder.

O argumento utilizado é o de “conter a disseminação de falsas notícias” e “manter a lisura do processo eleitoral”, o que obviamente não passa de outra mentira inventada para censurar a esquerda e toda a população que está contra os interesses do imperialismo e que não tem acesso aos grandes veículos de comunicação para se expressar, como canais abertos de TV, amplas redes de rádio ou grandes jornais.

O combate às “fake news” consiste na criação de um mecanismo que classifica as informações da internet, com intuito de retirar conteúdos indesejados do ar e penalizar o difusor, restringindo ou eliminando seu acesso página na internet, como já vem sendo feito pelo Facebook e outros canais ligados ao imperialismo, quando bloqueiam a conta de usuários tidos por “inconvenientes”.

A intenção é criar uma regra válida para todos os sítios da internet, mesmo aqueles que não adotam a política de bloqueio, e, neste momento, não existe nada mais eficiente do que a ideia anunciada pelo ministro do TSE, Luiz Fux, que consiste na instauração de inquéritos administrativos perante órgãos como o Ministério Público, a Polícia Federal, e uns tais “Conselhos” de controle, aos quais caberá julgar o material e promover sua censura.

Note-se que o processo será conduzido pela cúpula da repressão estatal, composta pelo Ministério Público e pela Polícia Federal, que nada mais são do que braços poderosos da burguesia. E um detalhe importante é que o cartel da imprensa burguesa formada pelos grandes fabricadores de mentiras do Brasil, a Rede Globo, Veja, Estadão, Folha etc não serão penalizados. Basta ver que estes são os principais entusiastas da política de ataque às “fake news”.

É preciso esclarecer que esta medida se destina a acabar com a liberdade de expressão do povo, com o objetivo de manter os privilégios da minoria capitalista, parasitária do Estado e da população, por meio do controle das informações que transitam e, consequentemente, do pensamento de todo mundo, de forma que ninguém questione seus interesses.

Os meios de comunicação públicos e democráticos como a internet e as redes sociais, utilizados pela maioria da população serão o alvo principal desta política. Já os canais de TV e os grandes jornais e revistas de circulação nacional estarão livres para continuar produzindo diariamente mentiras contra o povo.