Com medo, TRF-4 dá feriado para servidores durante ato em defesa de Lula

À medida em que caravanas de todo o País se organizam para comparecer ao ato em defesa de Lula nos próximos dias 23 e 24 de janeiro, em Porto Alegre, o presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) baixou portaria suspendendo o expediente do órgão na tarde do dia 23 e durante todo o dia 24.

O ato, assinado pelo desembargador federal Carlos Eduardo Thompson Flores, “leva em conta as medidas que estão sendo adotadas pelos órgãos de segurança pública do Estado do Rio Grande do Sul e pela Polícia Federal para garantir a segurança do público interno e externo durante a realização do julgamento” de Lula em segunda instância no Tribunal. Thompson Flores alega ainda que os desembargadores vêm sofrendo ameaças.

Por sua vez, a Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul pretende transferir policiais de outros municípios para a capital, para intensificar a repressão aos manifestantes.

As medidas extremas refletem não apenas o medo dos golpistas da grande mobilização popular contra a prisão de Lula, mas também a importância que os golpistas conferem a esse passo no aprofundamento do Estado de exceção que vem se implantando no país sobretudo desde do impeachment de Dilma Rousseff em 2016. Com a condenação e prisão de Lula, seria aberta uma nova fase de intensificação de repressão às lideranças e movimentos de esquerda em todo o país.

Na realidade, justamente por significarem um aprofundamento da repressão, tais medidas demandam ainda mais mobilização e disposição para luta daqueles que estarão nas ruas na semana que vem contra o golpe de estado em curso. Somente por meio da pressão direta do povo é possível efetivamente derrotar os golpistas.