Com medo da mobilização: Fachin marca julgamento virtual para não debater a liberdade de Lula

Da redação – O ministro golpista do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Edson Fachin liberou nesta segunda-feira, 27, para julgamento no plenário virtual da Corte, o recurso da defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva contra a decisão tomada em abril que negou liberdade ao petista. No sítio do STF consta que o julgamento virtual está previsto para começar no dia 7 de setembro e termina 23h59 do dia 13.

O processo inicial ainda teve recursos de embargos anexados pelos advogados do petista pedindo esclarecimentos sobre a diferença na condenação do ex-presidente em segunda instância, com outros processos, o que, somado a velocidade recorde, demonstra uma perseguição política do Supremo.

O julgamento ilegal de Lula deixou claro que para os inimigos dos golpistas, a lei é uma, e, para seus amigos, o entendimento de que é possível ser preso após condenação confirmada em segunda instância se modifica. No caso de Fachin, ainda piora, pois o golpista nunca julga o processo de Michel Temer (MDB), mas com o petista, passou por cima das leis, deixando aberto uma grande dúvida: se a prisão é automática ou se precisa uma justificativa específica em cada processo.

Fachin liberou para análise os chamados embargos de declaração, um recurso que serve para esclarecimento da decisão – arbitrária  – mas que não muda o resultado do julgamento. Essa ação foi uma estratégia dos advogados para deixar ainda mais evidente toda a ilegalidade que se dá na perseguição política contra Lula. Porém, a decisão do golpista de liberar o caso apenas em plenário virtual, demonstra que o mesmo não considera que o caso deva ser debatido novamente com a seriedade da tal jurisprudência dos “deuses da toga”.

É preciso uma grande mobilização em Brasília para pressionar os golpistas sobre esse e todos os processos fraudulentos contra Lula. As ações dos ministros demonstram a cada dia o caráter autoritário dessa Corte que não representa os trabalhadores, passando por cima da lei, prendendo pessoas em segunda instância e levando à cabo a política imperialista dentro de nosso país.