Com o apoio entusiástico de Caetano Veloso, que já tinha declarado voto no direitista Ciro Gomes, Paula Lavigne, articuladora da Globo com artistas “engajados” politicamente, atores globais, celebridades e o queridinho da rede de TV golpista, Marcelo Freixo, Guilherme Boulos anunciou sua pré-candidatura à Presidência neste sábado (3).
O mais interessante é que esta pré-candidatura será pelo PSOL, partido pelo qual ele ainda nem é filiado. Haverá, claro, outro evento espalhafatoso ou alguma ação de marketing para a filiação oficial e o lançamento da candidatura. Para um partido que se diz extremamente democrático, podemos ver como na realidade a coisa não funciona bem assim.
Lula enviou um recado em vídeo para o evento, dizendo que “jamais impediria Boulos de concorrer”, mas ressaltando que ele seria um “bom quadro político para o futuro”. Tarso Genro, da turma da “autocrítica” dentro do PT, também mandou seu apoio por vídeo, realçando mais uma vez o caráter golpista desta ala petista, que não faz um único esforço para defender Lula da perseguição política absurda que o ex-presidente sofre.
Foi possível constatar no evento também o apoio de setores próximos de Marina Silva, que além de ter apoiado Aécio Neves nas eleições de 2014, apoiou também o golpe.
Com o apoio da Globo, de setores declaradamente golpistas, e religiosos, Boulos discursou no sentido de “mudar o Brasil”, e tentar convencer o povo de que ele teria um programa para trazer “um futuro melhor”. Um discurso vazio e que se apoia em setores pequeno-burgueses para tentar transparecer um verniz esquerdista. No mundo real, o líder do MTST está, de fato, fazendo a vontade da Globo, ao apresentar mais uma candidatura que pode fragmentar a esquerda em uma, ainda incerta, eleição em outubro.