Cláusula de Barreira: golpistas preparam a caça à esquerda

Da redação – As eleições brasileiras de 2018, que acontecerão dentro de um golpe de estado orquestrado pela direita nacional e internacional, serão muito diferentes de todas as anteriores, já que a nova Clausura de Barreira retira o acesso aos recursos do fundo eleitoral dos partidos menores que vão depender diretamente do tamanho da bancada de cada partido na Câmara dos Deputados. Com efeito, os partidos de esquerda serão retirados do processo eleitoral pela ditadura direitista que vem se estruturando no país.  

Conhecida também como “cláusula de desempenho dos candidatos”, essa manobra golpista, estabelecida pela lei 13.165/15, coloca um número mínimo de votos para um deputado federal, estadual ou distrital, se eleger, trazendo a argumentação de que irá inibir os casos em que um candidato com poucos votos seja eleito com a ajuda dos chamados “puxadores de votos” do partido ou da coligação. Essa nova “regra”, que na verdade esconde sua verdadeira finalidade, obrigará as legendas a investirem como nunca em seus candidatos federais, valendo ressaltar aqui que os partidos de direita tem financiamento dos grandes capitalistas e os de esquerda dependem de suas organizações.

Para conseguir eleger uma bancada maior, a base golpista está fechando alianças amplas em alguns estados, porém, em outros, dividindo em três blocos principalmente na corrida à Câmara Federal. Um desse se blocos, esta sendo formado por MDB, DEM, PP e PTB, outro, por Solidariedade, PSDB, e, o terceiro, por PR, PPS, PSDC e PV.

A cláusula está prevista no pacotão da reforma política aprovada na Câmara dos Deputadas e que agora pretende retirar partidos como o PCO – que já estão sem propaganda eleitoral anual, na rádio e na televisão -, e, principalmente retirando a base de sustentação do trabalho partidário constitucional, o fundo partidário. Esse valor deve ser claro que para sustentar toda uma estrutura partidária, no caso de uma organização Operaria que se coloca em movimento junto à classe trabalhadora, não é um valor alto, na verdade, é um valor pequeno, especialmente se comparado aos valores recebidos pelos grandes servos da burguesia: DEM, PSDB, PMDB, etc. Enquanto esses partidos recebem bilhões – em contas na Suíça, financiados por banqueiros e grandes empresários -, o PCO e outros partidos ditos “pequenos”, serão obrigados a atingir 2% dos votos válidos e, ainda, com toda a direita campanha da imprensa golpista para retirar todos esses do processo.