Ciro Gomes cogita defensor da intervenção militar no Rio como candidato a vice

Da redação – Nesta terça-feira, 31 de julho, o Presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, deu uma série de declarações envolvendo a candidatura de Ciro Gomes à Presidência da República. A principal declaração de Lupi é sobre a possibilidade de Ciro Gomes ter como vice um elemento do PSB, o ex-prefeito de Curitiba, Luciano Ducci.

O PDT já vinha pressionando o PSB para que o partido indicasse o vice de Ciro Gomes, mas o nome que vinha sendo discutido era o de Marcio Lacerda, ex-prefeito de Belo Horizonte. No entanto, Marcio Lacerda recusou entrar na chapa, pois pretende se lançar candidato ao governo de Minas Gerais, o que reabriu a discussão entre PDT e PSB. Mesmo com a recusa de Lacerda, o PDT continuou pressionando o PSB, até que nesta semana surgiu o nome de Ducci como possibilidade.

O presidente do PDT elogiou a possibilidade se Ducci ser o vice de Ciro Gomes e afirmou “se for o nome que o PSB quiser, é um ótimo nome”. Ainda segundo Lupi, apesar de o PSB estar dividido entre apoiar o PT ou o PDT a candidatura favorita dos dirigentes do PSB seria a de Ciro Gomes. Nas próprias palavras de Lupi “dentro do grupo que comanda hoje o PSB você têm as três vertentes, mas majoritariamente preferem a candidatura de Ciro”.

A verdade sobre o problema envolvendo as candidaturas destas legendas (PDT e PSB) é que nenhuma delas é uma candidatura real. Tanto o PDT quanto o PSB se tornaram ao longo dos anos partidos intimamente ligados à burguesia, o que ficou muito claro nos últimos anos em que os dois partidos se negaram a lutar contra o golpe e não fizeram nada diante da prisão ilegal do ex-presidente Lula. Vale ressaltar também que ambos os partidos apoiaram a intervenção militar no Rio de Janeiro levada adiante pelo governo golpista de Michel Temer, sendo Luciano Ducci um dos principais apoiadores dessa medida golpista.

Tanto PDT quanto PSB se converteram em legendas de aluguel que foram compradas pela burguesia para angariar apoio ao golpe dentro dos setores mais confusos da esquerda, nenhum dos partidos tem apoio popular real e irão para as eleições como abutres tentando fisgar uma parcela dos votos da única candidatura real destas eleições, a de Lula. Ciro Gomes, que agora tenta um vice do PSB, já negociou com o PCdoB e até com o DEM, tudo para tentar impulsionar sua candidatura que não passa de um cavalo de Tróia da direita golpista.

A única candidatura real destas eleições é a do ex-presidente Lula, todo “plano B” e toda candidatura paralela faz parte estratégia dos golpistas para dividir os votos de Lula e tentar desmobilizar sua candidatura. Lula é a única opção para os setores que querem se opor ao Golpe e para isso se faz necessária a ampliação da luta pela sua libertação, sobretudo as manifestações de rua como a que ocorrerá no dia 15 desse mês em Brasília durante a inscrição da candidatura de Lula. É preciso mobilizar contra o Golpe e derrotar a direita, dia 15 todos à Brasília pela candidatura de Lula, pela liberdade do ex-presidente, pela derrota do Golpe de Estado.