Ciro arrebanha PSB e mostra que é candidato do golpe e dos caciques

Estão a todo vapor as articulações dos golpistas no sentido de emplacar a candidatura do abutre Ciro Gomes, como a “alternativa” da esquerda (ou plano B) às eleições presidenciais de 2018.

A campanha vai desde o principal instrumento de propaganda do golpe, as organizações Globo, passa pelos tradicionais partidos da direita, como o DEM e vai até o PCdoB, como o verniz de esquerda na busca por consolidar a “santa aliança”, que visa virar a página do golpe.

Nesses últimos dias, segundo divulgado em vários meios de comunicações golpistas, está em viás de se sacramentada a formalização do PSB na aliança, inclusive com a oposição consentida  do atual governador de Pernambuco e vice-presidente nacional da legenda, Paulo Câmara, que diante do quadro naquele estado, “namora” o apoio à candidatura de Lula.

O PSB é uma espécie de MDB em miniatura. Representa diferentes frações minoritárias das burguesias estaduais, daí a disputa que ocorre no interior da legenda no sentido de garantir os palanques estaduais o quanto antes.

Por outro lado, o Partido que teve quase a totalidade de seus representantes no Congresso Nacional e nos governos estaduais como apoiadores do impeachment e do golpe, sabe que uma aliança com o PT, como advoga na aparência o governador de Pernambuco, fechará às portas para o financiamento pelo empresariado de suas candidaturas e mesmo um boicote por parte da imprensa golpista.

No fundamental, a importância da adesão do PSB à candidatura do abutre Ciro Gomes reside justamente no fato de que está se conformando em torno de seu nome uma aliança de partidos golpistas. Essa frente está intimamente ligada à campanha pró-Ciro que vem sendo articulada nos bastidores do golpe e que encontra na Globo o seu veículo de propagação. Ciro é tratado com a parcimônia de um opositor de “esquerda”, como o plano B ao Lula, que não se oporá a virar a página do golpe e reconhecer a legitimidade de uma candidatura vitoriosa dos “donos do golpe” ou ainda, no extremo, diante do impasse da candidatura do PSDB, ele mesmo se transformar na alternativa dos golpistas.