Chile: protestos contra libertação de criminosos da ditadura

No início de agosto, o Chile foi marcado por diversos protestos contra a libertação de agentes da ditadura de Pinochet (1973-1990), deliberados pela Suprema Corte Chilena. A ditadura Chinela foi uma das mais sanguinárias da América Latina e serviu de laboratório para a implementação de políticas neoliberais como solução para o aprofundamento da crise capitalista de 74.

Os manifestantes levaram fotos de pessoas sumidas durante a ditadura. Lorena Pizarro, presidente do Grupo de Familiares de Detidos Desaparecidos, declarou para a imprensa “A Suprema Corte chilena não somente fez vergonha, tornando-se cúmplice da impunidade, como descumpriu tratados internacionais e isso é gravíssimo”.

O direitismo dos políticos que levam adiante os golpes nos países da América Latina, junto aos Judiciário desses respectivos países, está cada vez mais evidente e mais assumidamente fascista. A ameaça da volta das ditaduras militares como resposta à crise política, não deve ser uma hipótese descartada pela esquerda.