Chacina de Pau d’Arco: policiais soltos pela Justiça colocam em risco a vida das testemunhas e famílias sem-terra

A decisão do STJ (Supremo Tribunal de Justiça) de decretar a liberdade dos 15 policiais envolvidos na chacina que ocorreu em maio do ano passado que vitimou 10 integrantes do MST na fazenda Santa Lúcia em Pau D’Arco (867 km ao sul de Belém).

Os policiais são acusados de crimes graves de homicídio qualificado consumado, homicídio tentado qualificado, crime de tortura, associação criminosa e fraude processual. É importante lembrar que após o massacre continuaram as ameaças de morte e muitas delas foram executadas e defensores dos direitos humanos foram ameaçados após policiais terem confessado os crimes.

Apesar de todas essas evidencias, provas e confissões, a justiça insiste em colocar os policiais nas ruas novamente. Esse fato vai colocar em risco testemunhas, familiares das vítimas, defensores dos direitos humanos e as famílias sem-terra que ainda ocupam a fazenda.

É um claro sinal para que as organizações que atuam no caso e as famílias sem-terra se sintam intimidadas para encerrar a luta pela terra e a prisão dos policiais pistoleiros e os mandantes latifundiários.

O Estado, forças policiais, judiciário golpista e latifundiários atuam de maneira conjunta e coordenada para atacar a luta pela terra e cada que seus crimes sejam acobertados. É um sinal positivo para que os policiais continuem com seu papel de atacar as famílias sem-terra.

É preciso denunciar esse conluio e exigir o direito de autodefesa das famílias sem-terra.