Chacina de Pau d’Arco: 15 policiais assassinos foram soltos sem processo

Em maio do ano passado aconteceu a brutal chacina, que culminou na morte 10 trabalhadores rurais no Pará, a chacina de Pau D’Arco. O caso se deu por meio de mandados de reintegração de posse do local expedidos pela Vara Agrária de Redenção, que prontamente favorece os latifundiários que são os maiores responsáveis pelas mortes no campo. Em uma operação extremamente truculenta, 10 trabalhadores foram assassinados, dentre os mais de 20 policiais envolvidos no caso 15 foram acusados e presos até então.

Como de costume o modus operandi da policia se impõe, segundo os policiais para justificar a ação, na época afirmavam que houve confronto, o que logo foi desmentido pela perícia e investigação. Fato é, que hoje um ano depois do massacre, por decisão do STJ (Supremo Tribunal de Justiça) refutando sua própria decisão anterior, decretou a liberdade dos 15 policiais envolvidos no caso. Isso referenda o fato de que a policia e os seus mandatários sempre saem impune.

A imprensa golpista força a ideia de que os policiais não se livraram do processo, mas que apenas responderão em liberdade. Na verdade, após derrubar uma liminar própria do STJ, demonstrou que mais uma vez a soberania dos latifundiários e dos policias que estão sob seu comando prevalecem acima dos trabalhadores do campo que a cada ano são mais atacados e mortos de maneira brutal.

Ainda que o Ministério Público do Pará (MPPA) tenha declarado que não deveria ter sido concedida a liberdade aos policiais – revelando as inúmeras acusações graves que os policiais possuem – mas que de nada servem para a corte de golpistas, o STJ já decretou a liberdade dos mesmos, deixando claro que esta é a realidade dos inúmeros casos de chacinas que ocorrem no campo pelo país, os trabalhadores que lutam pela terra são mortos de maneira indiscriminada pelo latifúndio e por seus capatazes.

É preciso reafirmar a defesa do direito dos trabalhadores organizarem sua autodefesa. Pela formação de comitês de autodefesa dos trabalhadores contra o avanço da máquina de matança no campo.