Cercar e não deixar prender Lula! Abaixo o judiciário golpista

No dia 26 de março, segunda-feira, acontece o julgamento do recurso da defesa de Lula no TRF 4. Condenado a 12 anos e um mês de prisão pelos desembargadores no dia 25 de janeiro, tudo indica que o resultado do julgamento do recurso será a condenação e a consequente prisão do ex-presidente. O STF votou na última quinta-feira, dia 22, o habeas corpus de Lula, o que adiou a possibilidade de prisão para o dia 4 de abril.

Essa manobra, no entanto, serve apenas como um despiste para o fato concreto que é a iminência da prisão. O único medo real do Judiciário golpista e da direita em geral é que a prisão de Lula possa gerar uma imensa reação que coloque abaixo o próprio regime político.

Se existe alguma maneira de impedir que o Judiciário golpista prenda Lula é mobilizando os amplos setores das massas para sair às ruas. A primeira tarefa é sair às ruas no dia 26 de março, mostrando para os desembargadores fascistas do TRF4 que o povo não vai aceitar a condenação. Na realidade, é preciso mostrar para a direita de conjunto que a prisão de Lula vai significar uma crise para todos os planos golpistas.

A mobilização não pode ser um movimento eleitoral, mas deve ser uma mobilização real, imbuída de não deixar prender Lula. As organizações populares, partidos de esquerda, a CUT e os sindicatos precisam colocar em marcha um trabalho de agitação denunciando para os trabalhadores nos bairros e nas fábricas o que está em jogo com a prisão de Lula. A mobilização deve se transformar em um amplo movimento político contra o golpe e contra a prisão de Lula, e claro, contra as medidas que os golpistas estão colocando em prática como a reforma da Previdência, trabalhista, privatizações, corte de verbas. A prisão de Lula será um passo importante para que o golpe consolide todas essas medidas anti-populares.

Por isso, no dia 26 de março e no dia 4 de abril, os trabalhadores devem sair às ruas determinados a não deixar prender. Se for preciso, cercar Lula em sua casa e impedir que a Polícia Federal chegue perto do ex-presidente.