Ceará: termina eleição do Sindicato dos agentes de Saúde

A votação [ara a nova diretoria do Sinasce (Sindicato dos agentes de saúde e endemias do Ceará) ocorreu dia 15 de junho e a apuração dos votos começou logo em seguida, o resultado foi conhecido na manhã de sábado (16), a chapa 1 saiu vitoriosa.

A chapa 1 obteve 966 votos, a chapa 2 obteve 955 votos e a 3 obteve 177 votos, cabe destaque para chapa 3, que embora tenha ficado em último teve uma expressiva votação para quem não tinha estrutura financeira para a disputa.

Desde o início do processo a disputa entre chapa 1 e 2 foi acirrada, com troca de acusações entre elas, mostrando que o interesse maior das mesmas era ganhar a eleição, nem que fosse no tapetão.

Durante as eleições, uma chapa acusava a outra de transportar eleitores, de dar camisa, de comprar votos e etc, a chapa 3 em nenhum momento foi acusada de nada e nem mesmo os membros usavam camisas da chapa.

Depois de um tumultuado processo de votação, com troca de agressões físicas e verbais entre as chapas 1 e 2, foi iniciado o processo de apuração e os conflitos se intensificaram.
Logo na apuração da primeira urna, a chapa 2 se recusou a contar os votos da mesma, pois o número de cédulas na urna era inferior ao de assinaturas dos votantes, fato normal, visto que o eleitor pode muito bem não depositar o voto na urna e levar a cédula consigo.

Na urna 21, nova confusão, antes de ser aberta, membro da chapa 2 observa um pequeno buraco na mesma, por onde poderiam ter entrado ou saído votos. A comissão eleitoral decidiu abrir as duas urnas, a urna 1, assim como outras tinha menos votos que as assinaturas, logo o critério dela não poderia ser diferente, apenas a chapa 2 foi contra.

Na urna 21, após sua abertura, foi constatado que o número de votos foi exatamente igual aos de assinaturas e todas as cédulas estavam devidamente assinadas pelos mesários indicados pelas três chapas.

Um fato importante é que a urna 1 e 21 eram as da sede do sindicato e que pelo número expressivo de pessoas com a camisa da chapa 1, já se esperava que a mesma vencesse em ambas, por isso o interesse da chapa 2 em impugnar as mesmas.

Terminada a eleição ficou claro que o interesse tanto da chapa 1 como da 2 era apenas se manter no comando da burocracia, já que os candidatos a presidente compõem a antiga gestão, já a chapa 3 era formada por militantes do PCO e por independentes e era a única que de fato lutava para devolver o sindicato nas mãos da categoria.