Casta do judiciário chama de corrupto quem não aprova seus privilégios

Agarrado aos nababescos privilégios que dão ao judiciário brasileiro um padrão de vida inalcançável inclusive para parcela da burguesia, Fabrício Fernandes de Castro, presidente da AJUFERJES (Associação dos Juízes Federais do Rio de Janeiro e Espírito Santo), assinou nota pública defendendo o indefensável, encabeçando a mesma com o seu devido pretexto legal.

No papel forçoso de herói, o juiz tenta surfar na onda de “luta contra a corrupção” para lançar dúvidas sobre os “reais interesses” de quem se choca com os valores estratosféricos dos complementos de renda que tornam o judiciário brasileiro o peso insuportável para o erário público.

A dissimulada indignação dessa de parte dessa classe jurídica sinaliza para o brutal desnível de realidade entre a maior parte do povo e os elementos do estado responsáveis por bater o martelo.

É um escárnio que juízes acumulem auxílios desnecessários e excessivos, independentemente de quaisquer justificativas legais. O povo não aprova isso, numa democracia verdadeira essa farra já teria sido cortada, e os juízes e ministros seriam, no mínimo, eleitos.