Carnaval também é “caos”? Direita usa até festa para ampliar presença do Exército nas ruas

Como manifestação popular, o Carnaval sempre foi alvo de repressão do regime. Em todas as cidades é registrado um verdadeiro arrastão feito pelas forças de segurança contra os foliões. Este ano, em especial, não poderia ser diferente.

O prefeito do Rio de Janeiro, Marcelo Crivella, em conluio com a Riotur, solitaram junto ao governo federal golpista a intervenção das Forças Armadas durante as festividades de Carnaval deste ano, na cidade.

“É preciso que nós todos possamos contar com as tropas federais antes, durante e depois [do evento], e todas as pessoas que estejam na rua estejam garantidas, alegres, felizes de que o Rio de Janeiro estará completamente seguro, sem qualquer espaço para imprevistos”, afirmou o prefeito.

Na verdade, o plano é armar uma verdadeira guerra contra a população, que sempre vai às ruas durante o Carnaval com uma série de reivindicações políticas, o que é uma tradição do carnaval brasileiro como um todo.

Não bastasse a Polícia Militar, a guarda civil, o Exército e demais polícias, no Rio de Janeiro ainda serão contratadas empresas particulares de segurança. Serão quase 4000 agentes nas ruas, para reprimir o povo durante as festividades de Carnaval.

Está claro que o governo quer impedir a manifestação popular, ainda mais em um estado que está sendo saqueado pelos golpistas e que enfrenta a intervenção militar já faz algum tempo.

Desde já é preciso organizar blocos de Carnaval que denunciem a repressão do regime, a ditadura que está se instalando contra o povo do Rio de Janeiro, que denunciem, em especial, o golpe de Estado e a direita, que sempre odiou o Carnaval.