Carnaval de rua: Doria e Crivella atacam, povo enfrenta

A força da expressão popular e cultural, o carnaval vai passando por cima dos governos direitistas e conservadores do Rio de janeiro e São Paulo. Com o intuito de reprimir a maior festa popular do país os governos coxinhas da direita, entre eles o e seus satélites, em um grande número de municípios onde se tornaram governos, impuseram uma ofensiva ao carnaval, a maior festa de rua do mundo, proibindo a realização do carnaval em importantes municípios do país, entre eles, São Paulo, Rio de Janeiro e Santo André.

Dando continuidade à ofensiva, João Doria procurou com a desculpa de centralizar o carnaval de São Paulo em pontos centrais da capital paulista, proibir a realização de outros eventos carnavalescos, como a apresentação dos blocos de rua.

Esse carnaval de rua que difere muito do carnaval oficial, cujos governantes e capitalistas tentam utilizar para seus objetivos mercantilistas, nos últimos anos, porém, um grande movimento “espontâneo” da população vem recuperando o  carnaval de rua, com milhares e milhares de blocos carnavalescos envolvendo milhões de foliões, e colocando nas ruas, nas festas o levante contra os golpistas, como ocorreu em 2017, quando dezenas de blocos e até escolas de samba, denunciaram a plenos pulmões os ataques golpistas e a luta do povo contra a direita.

No entanto, uma coisa é proibir, outra coisa é conseguir manter a proibição, Nas últimas semanas, já foram publicamente anunciadas a realização de centenas de festas de rua com blocos carnavalescos, mostrando ao prefeito que haverá sim festa em toda a capital

A força do prefeito também ficou menor pois ao atacar a festa popular também atacou fortes setores capitalistas que se beneficiam do carnaval, como a indústria cervejeira e do ramo alimentício.

No estado de São Paulo, já no ano anterior, as prefeituras golpistas do PSDB, como a de Santo André, proibiram e impediram a realização do carnaval de Santo André de 2017. O prefeito Paulo Serra, aproveitando-se da onda “coxinha”, impulsionada pelo golpistas em 2016, com a derrubada de Dilma Rousseff, impediu pela força a realização do carnaval, como que um tubo de ensaio da burguesia, reprimir nos municípios menores, para futuramente atacar os grandes centros metropolitanos do país.

No Rio de Janeiro, a repressão à população negra, vem se aprofundando desde o golpe, com a repressão a terreiros de umbanda e candomblé, com o apoio de milícias fascistas ligadas à igreja e ao tráfico de drogas impondo terror contra as religiões de origem africana. Aproveitando-se da mesma toada, o prefeito carioca da igreja Universal do reino de Deus, Marcelo Crivella vem incentivando diretamente o ataque à população negra, que tem procurado se levantar contra os ataques. Há cerca de dez dias, em Madureira o grupo cultural Jongo da Serrinha, organizou um protesto para denunciar a perseguição fascista do prefeito da Universal às manifestações de origem negra na cidade.

Em seu ataque à cidade do samba, Crivella e os vereadores golpistas , já aprovaram um corte de 50% nas verbas de subvenção do carnaval carioca, impedindo com isso os próprios ensaios das escolas de samba na Sapucaí, às vésperas do carnaval.

Assim como a indústria cervejeira, as escolas de samba são administradas por setores elitistas e o ataque de Crivella, ligado à Rede Record de Televisão fere interesses capitalistas como a da Rede Globo de Televisão que se beneficia da transmissão da maior festa de rua do mundo.

Mas fora, os interesses capitalistas envolvidos na maior festa de rua do planeta, essa que  é a maior expressão da cultura popular brasileira ao lado do futebol, tem sido, juntamente com este(futebol) muito atacado nos últimos dois anos. Mas essas festas populares estão se levantando e enfrentando a repressão conservadora em cada canto do país, com sua criatividade e com sua luta que não vai deixar a direita enterrar o Allah-la-ôôôôô do povo brasileiro.