Capacho do imperialismo contra a Venezuela, Almagro não tem apoio em seu país

Da redação – O secretário-geral golpista da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, ficou famoso nos últimos anos por sua sanha contra o governo nacionalista de Nicolás Maduro na Venezuela.

Eleito em 2015 para chefiar o órgão, sua principal missão é dar a cobertura política e diplomática para o golpe imperialista nos países que ainda mantêm alguma resistência a seu domínio. Almagro tem sido o ponta de lança do entreguismo latino-americano, talvez o principal agente do imperialismo a nível regional.

O dirigente golpista já foi ministro de Relações Exteriores do Uruguai durante o governo do ex-presidente José Mujica (2010-2015) e, logo em seguida, assumiu a OEA. Ele é membro da Frente Ampla, organização que governa o Uruguai desde 2005, mesma organização de Mujica e do atual presidente uruguaio, Tabaré Vázquez.

Entretanto, a Frente Ampla (um equilíbrio entre partidos de esquerda e de centro-direita), organização da esquerda nacionalista burguesa uruguaia, tem sinalizado a não concordância com a postura de Almagro.

Ano passado, houve uma campanha de militantes para sua expulsão do partido. Com a indicação feita por Almagro, na semana passada, de uma intervenção militar na Venezuela, dirigentes da Frente Ampla também se posicionaram contra ele, como senadores e atual ministro de Relações Exteriores, Rodolfo Nin Novoa.

Mujica afirmou que Almagro “já está fora” da Frente, embora nenhum processo formal de expulsão de Almagro tenha sido aberto até o momento. Por sua vez, Vázquez disse que seu governo não o apoiará em uma possível candidatura à reeleição na OEA porque suas posições são muito distintas das posições da Frente Ampla.

Os governos nacionalistas que restaram na América Latina também têm denunciado frequentemente as declarações e articulações golpistas de Almagro, especialmente na Venezuela, Nicarágua e Cuba.