Candidaturas militares: saída “legalista” em direção a um golpe militar no Brasil?

As eleições de 2018 contarão com 54 nomes militares para cargos ao legislativo, fora a “chapa da intervenção militar”  do capitão Bolsonaro, que tem como vice o general Mourão. Segundo o Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), esse aumento acarretará na eleição de mais de  35 parlamentares não-civis, dez a mais em relação ao 25 eleitos em 2014.

A imprensa burguesa noticia esse fato como consequência da “luta contra a corrupção” veiculada pela operação Lava-Jato e, veladamente, indica para a prisão do ex-presidente Lula e para o impeachment de Dilma Rousseff. Essa associação feita pelos golpistas, contudo, denuncia o real carater das candidaturas militares: aprofundar o mesmo golpe que atacou o PT sob bandeira de “combate a corrupção”. Agora, os golpistas visam estabilizar o golpe dando-lhe a “legitimidade das eleições”, livrando-se de Temer e colocando as claras o real poder que hoje já vigora no País: o poder dos militares.

É preciso lutar contra o golpe no Brasil nas ruas. Não é possível acreditar nas eleições burguesas para garantir os interesses da classe operária. O estado burgues molda suas leis segundo os interesses da própria burguesia. Por isso, é preciso aprofundar a organização popular, sua mobilização e a alimentar a descrença do povo em qualquer processo institucional burgues.