Banqueiros planejam dar um novo golpe na campanha salarial

Na rodada de negociação realizada no último sábado (25), os banqueiros apresentaram uma proposta miserável para a categoria bancária, que se encontra em data base: 1,18% de reajuste, com validade para dois anos.

Vale ressaltar que os lucros dos banqueiros, setor mais parasita da economia nacional, nos últimos períodos, só vem aumentando. Os seus ganhos são uma contradição em comparação aos salários dos trabalhadores bancários. No ano passado os banqueiros lucraram mais de R$ 47 bilhões e só nos seis primeiros meses de 2018 já ultrapassaram a marca de R$ 32 bilhões, enquanto que os trabalhadores terão seus pisos salariais reajustados em míseros R$ 23 reais.

O acordo bianual, fato inédito na categoria até a última campanha salarial, não trouxe nenhum avanço para os bancários, ao contrário: a categoria vem comendo o pão que o diabo amassou através de demissões em massa, o aumento exponencial do assédio moral para atingimento de metas de venda, fechamento de centenas de agências ocasionando descomissionamentos e transferências compulsórias de funcionários.

Nos bancos públicos impôs-se, por parte do governo golpista, a política deliberada de sucateamento das empresas, rebaixamento salarial, terceirização, etc., com vistas à privatização para entregar o patrimônio do povo brasileiro nas mãos dos banqueiros nacionais e internacionais.de

Por outro lado, o índice de inflação divulgado pelo IBGE no acumulado de um ano 3,78% revela a tendência da gigantesca de alta aliada à subida dólar, isso sem falar na tradicional manipulação dos números através de vários malabarismos contábeis. Um dos mais conhecidos consiste em reduzir o peso dos produtos mais impactados pelas pressões inflacionárias e aumenta-los em outros submetidos a menor pressão. Um exemplo é o aumento sistemático no preço dos combustíveis e gás feito pelo governo golpista que afeta toda a cadeia produtiva.

A proposta dos banqueiros e do governo golpista com o acordo bianual é clara: que não haja campanha salarial em 2019 e impor, como está acontecendo, um violento retrocesso, não apenas através do arrocho salarial, mas também com demissões em massa; no Banco do Brasil já foram mais de 9.900 demissões, Caixa Econômica quase 10 mil que já foram demitidos, nos bancos privados dezenas de milhares de demissões, fechamento de centenas de agências, descomissionamentos, terceirizações, etc.