Bancos não querem deixar nada para os trabalhadores do Frigorifico Barontini

Em dezembro de 2017 expirou o prazo da recuperação judicial do Frigorifico Barontini e segundo o processo, os credores podem incluir no processo as contas para serem depositados os valores dos respectivos credores.

Neste momento, também, os credores resolveram colocar uma advogada dentro da empresa, segundo os trabalhadores, representa o conjunto dos credores, excluídos os trabalhadores. A advogada Silvia ia regularmente à fábrica, praticamente todos os dias e, agia como se fosse a própria dona do frigorifico, apesar de existir uma administração à parte, quem controlava o que entrava ou saía em relação à questão financeira era a Silvia, inclusive sobre os pagamentos, melhor dizendo, sobre o não pagamento dos salários e demais direitos dos trabalhadores, tais como: cesta básica, vale transporte, etc.

No período em que a Silvia vem controlando centavo por centavo para pagar aos seus clientes, credores patrões, inclusive dos banqueiros como o HSBC, mas para os trabalhadores, os que estavam produzindo até o dia 19 de fevereiro, não viram nem a cor do dinheiro.

No dia em que mais de 60 trabalhadores ocuparam a fábrica, Silvia foi a primeira a correr em socorro aos seus clientes, chamou imediatamente a polícia, que tentou intimidar os trabalhadores (os operários, ao perceberam que ela estava ali, única e exclusivamente para arrancar tudo o que pode ser transformado em dinheiro e dar aos patrões).

Os trabalhadores, quando ela mesma e os policiais tentaram retira-los de dentro da fábrica, inclusive os membros do sindicato dos frios, sofreram resistência.

E, que os trabalhadores desocupassem o interior do frigorifico, tiveram que deter o presidente do sindicato e encaminhá-lo até à Delegacia Civil de São Caetano do Sul e, esses mesmos trabalhadores também foram até a delegacia e só saíram de lá após a soltura do representante do Sindicato dos Frios.

Os trabalhadores, pela própria experiência já sabem que a advogada quer limpar tudo o que puder que tenha valor dos patrões do frigorifico Barontini, sem dar aos trabalhadores uma única moeda.

O Sindicato dos frios chamou uma reunião para a próxima quarta-feira (15) de março para discutir os encaminhamentos, inclusive para que os operários possam sacar o Fundo de Garantia Por Tempo de Serviço (FGTS).

Os trabalhadores devem receber aquilo que os patrões devem em primeiro lugar, antes do que qualquer outro credor.