Direção do BB prepara medidas para pavimentar caminho para sua privatização

Informações de um participante da reunião da diretoria do BB revelam medidas que atacam diretamente os trabalhadores e o banco como uma empresa pública patrimônio do povo brasileiro.

Segundo informações de uma fonte de dentro da sala de reuniões da direção do BB, estão para ser anunciadas, para o começo do próximo mês de junho, mudanças que dizem respeito ao processo de reestruturação em andamento no Banco que visa aprofundar a política da direita golpista em transformá-la em uma empresa privada.

Dentre as medidas estão: corte de funcionários na carreira de assessor, diminuição da carga horária de gerentes de relacionamento e consequentemente diminuição salarial, mais um famigerado PDV (Plano de Demissão “Voluntário”) para quem tiver mais de 10 anos de empresa, inclusive para funcionários de bancos que foram incorporados ao BB, tais como a Nossa Caixa.

Funcionários que já estejam aposentados pelo INSS e continuam trabalhando (e a maioria só não se afastou do banco devido a diminuição drástica no salário com a perda de vários benefícios: vale alimentação, participação nos lucros, licença prêmio, férias, etc.) serão “convidados” a deixar o banco tendo em vista que a CLT (Consolidação das Leis Trabalhistas) não prevê a manutenção de funcionários aposentados na ativa.

Trabalhadores de agências com excedentes serão remanejados para outras onde houver vagas. Gerentes de relacionamento nas agências com mais de três anos exercendo atividades nas suas carteiras de clientes sem os resultados esperados pelos golpistas, nos dois últimos semestres, serão “rodiziados” (sabe lá pra onde), no caso de recusa serão utilizados as premissas do descomissionamento conforme a “nova” lei trabalhista aprovada no reacionário e golpista Congresso Nacional.

Agências com dois semestres seguidos apresentando “prejuízos” serão rebaixadas em um nível e perderão no número de dotação de funcionários; a partir do 3º semestre consecutivo de prejuízo, serão rebaixadas em mais um nível a cada semestre no vermelho. No caso de cinco semestres negativos nos resultados a agência pode ser transformada em Posto de Atendimento.

Os trabalhadores que exercem função comissionada ou recebem qualquer tipo de gratificação poderão perdê-las, conforme a lei trabalhista, bastando um registro na avaliação de desempenho do funcionário.

As medidas que estão para ser executada pela direção do Banco do Brasil não deixam dúvidas quanto à política do governo golpista de Michel Temer de transformar um banco público, que tem uma função social, que atende comunidades até nos rincões mais afastados do País, com agências e postos de serviços em mais de 5 mil municípios brasileiro, onde oferece crédito mais baratos para a agricultura familiar e a agricultura em geral, de financiamento à infraestrutura etc., em um banco privado, que tem como política fundamental a obtenção de lucro à custa da exploração dos seus trabalhadores e de toda a população.

É necessário organizar imediatamente uma reação à política de terra arrasada dos golpista para com as empresas públicas. Da mesma forma que estão articulando em relação à Petrobras, Caixa Econômica Federal, Eletrobras e tantas outras empresas públicas, os trabalhadores do Banco do Brasil devem organizar uma gigantesca mobilização, juntamente com os demais bancários e trabalhadores, a luta pelo fim do regime golpista para retirar o País do caos, com a liberdade para Lula, anulação do impeachment (Fora Temer e volta da presidenta eleita pelo povo, Dilma Rousseff) e realização de eleições livres e democráticas, com Lula presidente!