As eleições no bolso da burguesia: 97% das grandes doações de campanha foram feitas por empresários

Em 2013, setores da esquerda pequeno-burguesa, em particular o PSOL, passaram a ecoar o discurso da imprensa burguesa de que o País necessitaria de uma “reforma política”. Alguns anos depois, teve início a tão falada “reforma política”, comandada por elementos como Eduardo Cunha e às vésperas de um golpe de Estado.

A “reforma política”, embora pequena, serviu apenas para dificultar ainda mais a ação dos partidos de esquerda dentro do regime político. No entanto, vários setores apontaram como sendo muito positivo o fato de as doações de empresas terem sido “proibidas” durante as eleições.

Como tudo mais na “reforma política”, essa medida não afetou a direita. Pelo menos não os setores mais fortes da burguesia. Afinal, as doações de empresas continuam acontecendo, pois essa é a essência de qualquer eleição no capitalismo. A diferença é que as doações são feitas nos nomes de empresários e “laranjas”.

Segundo levantamento recente, 93% das doações feitas até agora nas eleições de 2018 saíram dos cofres de políticos de alto patrimônio ou de grandes empresários, ou seja, nada mudou. Quem continua dando as cartas, e ainda mais, no processo eleitoral são os grandes capitalistas que, inclusive, se submetem aos interesses do imperialismo e apoiam a cassação do candidato apoiado pela maioria dos trabalhadores e suas organizações.