Artistas brasileiros foram considerados “degenerados” pelos nazistas

No dia 19 de julho de 1937, o governo nazista de Adolf Hitler inaugurou, na cidade de Munique, uma grande exposição de arte moderna com cerca de 650 obras confiscadas dos principais museus públicos do país. O título dado à exposição foi Arte Degenerada (Entartete Kunst) e o seu objetivo era apresentar exemplos de manifestações artísticas condenadas pelo regime nazista. Entre os 112 artistas que tiveram obras exibidas naquela ocasião estavam Marc Chagall, Wassily Kandinski, Paul Klee, Piet Mondrian e Lasar Segall. A mostra Arte Degenerada teve inúmeros desdobramentos no Brasil e serviu de orientação para a perseguição a artistas modernos que atuavam no país durante o período da Segunda Guerra Mundial

Tanto quanto em 1937 como hoje, os reacionários tentam enquadrar a vanguarda artística, em um  comportamento que eles sugerem ser o ideal, atacam e perseguem à arte que eles julgam imoral, foi este tipo de assedio Lasar Segall sofreu, o artista teve cerca de 49 obras confiscadas pelo regime nazista, integrou a exposição Arte Degenerada, em 1937, e, além de tudo, sofreu ataques, através da imprensa brasileira, que o acusavam de produzir obras de características degeneradas e de ser um agente de desagregação da cultura local. Assim, o título da exposição – A “arte degenerada” de Lasar Segall – refere-se ao fato de que a obra do artista foi considerada degenerada, não só na Alemanha, como também no Brasil.

Fizeram parte da exposição nomes importante da arte moderna e contemporânea, nomes como: Chagall, Kandinski, Klee, Mondrian e Max Ernst, luminares da mais alta arte do século XX.

Na Alemanha,  durante a exposição da arte degenerada , os nazistas se empenharam ainda em fazer outra exposição de arte boa e saudável, isto é, reacionária e medíocre, do outro lado da rua e simultaneamente à “Arte Degenerada”. Conta-se que ficou às moscas, enquanto a outra prosperava e atraía espectadores aos montes .