Aproveitando a “estabilidade” por conta das FFAA, prefeitura carioca destrói quiosques dos trabalhadores

Na última sexta-feira, dia 09, a prefeitura de Marcelo Crivella enviou a Guarda Municipal para acompanhar a destruição de quiosques de comerciantes por retroescavadeira no centro da Vila Kennedy, zona oeste do Rio de Janeiro.

Como era de se esperar, a população ao ver seu local de trabalho sendo amassado pelas máquinas se revoltou. A direita então com medo de uma reação mais forte correu para tentar justificar o episódio e uma instituição passou a jogar a culpa na outra.

A administração municipal disse que teriam denúncias de venda de drogas na região. De acordo com a Secretaria Municipal da Fazenda havia construções irregulares no local.

A prefeitura disse em nota que foi “uso desproporcional da força”. A prefeitura informou também que a operação foi a pedido da Polícia Militar.

O CML (Comando Militar do Leste), por sua vez, afirmou que a prefeitura agiu por conta própria. “A ação foi por iniciativa da própria prefeitura, empregando a Guarda Municipal, em coordenação com comando de policiamento militar da região. Eles aproveitam a estabilidade da área, fornecida pelas tropas das Forças Armadas, para ações de organização do espaço urbano”, disse o chefe de comunicação do CML, coronel Carlos Frederico Cinelli

As Forças Armadas falaram que não têm nenhuma relação com o ocorrido. Ou seja, isso mostra como a direita apesar de seu ódio à população têm muito medo da reação dos trabalhadores.

Uma observação especial para o papel das Forças Armadas. A Guarda Municipal e a Polícia Militar teriam se aproveitado da presença do Exército para agir de maneira mais fascista contra os moradores e quem frequenta o bairro.

Ao mesmo tempo, as FFAA mostraram que estão pisando em ovos. Uma intervenção, mais propriamente dita, invadiria todas as favelas, prenderia todos que vissem pela frente. O que tem acontecido, na prática, é uma operação de inteligência; monitoramento da região, obviamente com fins políticos.

Esse acontecimento mostra que a presença das Forças Armadas intensifica as atitudes fascistoides de diversos setores direitistas e que os golpistas estão preparando o terreno, coletando informações para uma atuação muito mais dura. Os trabalhadores devem expulsar as Forças Armadas do Rio de Janeiro, denunciar e se juntar contra as arbitrariedades que estão sofrendo.