Apeoesp convoca assembleia para o dia 8 de março

O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) está convocando uma assembleia no dia 8 de março, dia internacional de luta da mulher trabalhadora. Trata-se de um deliberação do último Conselho Estadual de Representantes, realizado  no ultimo dia 10.

As razões para essa mobilização são as mais variadas e justificadas, para essa categoria tão atacada pelas políticas de recessão aplicada pelo governo do PSDB, nos últimos vinte e três anos no estado de São Paulo. O golpe de Estado, que derrubou a presidenta Dilma Roussef possibilitou a intensificação dessas políticas contrárias à educação dos filhos dos trabalhadores, portanto, a luta dos professores tem que passar necessariamente pela luta contra o golpe.

Os salários estão congelados há mais de três anos. Depois de um fajuto reajuste escalonado em quatro anos 9211 a 2014), o governo estadual não se dignou a sequer abrir negociação com os professores. Essa truculência se deu mesmo após a histórica greve de 92 dias, realizada em 2015, que praticamente derrubou o então Secretário da Educação e ajudou a barrar a reorganização no final daquele ano, ao lado das ocupações de escolas com os estudantes.

O golpe de estado fez com que o governo estadual paulista se sentisse mais à vontade para massacrar os professores e atacar  ensino público. Incentivou a famigerada Reforma do Ensino Médio, que pretende esfacelar o ensino secundário no estado e no País e favorecer o ensino privado.

A mobilização também tem como um dos seus eixos a luta para barrar a “reforma da Previdência”. A categoria  de maioria feminina (cerca de 80%) está sob a ameaça direta das alterações dessa “reforma” que entre outras coisas, pretende igualar a idade limite de aposentadoria entre mulheres e homens, condicionando como 65 anos e 49 anos de contribuição. Uma mostra a verdadeira face do golpe de estado: contra os pobres e as mulheres.

Os professores estão em luta também pelo imediato cumprimento da lei do piso. O governo paulista está fora da lei por vários anos seguintes, pois já deveria aplicar aos professores um limite de 27 horas semanais de trabalho ministrando aulas, sendo que 13 restantes seriam na escola com preparação de aulas. Assim, são mantidas 32 aulas em sala com estudantes completamente fora do que detrmina a lei.