Apenas uma formalidade: Cármen Lúcia se reuniu com advogado de Lula, mas vai continuar ignorando a defesa

O advogado de Lula, José Paulo Sepúlveda Pertence, ministro aposentado do STF, reuniu-se com a atual presidenta da Corte, Cármen Lúcia, para tratar da defesa do ex-presidente.

O caso já está indo para seu encerramento, que a depender da burguesia e judiciário golpistas, tem como capítulo final a prisão injusta do ex-presidente Lula.

Ele está tentando garantir a votação de um habeas corpus para Lula como pauta do plenário do STF, ou seja, garantir que se os recursos de Lula ao julgamento do TRF4 não forem aceitos, ele não será preso antes do trânsito em julgado. Sobre isso, Pertence afirmou que a ministra Carmen Lúcia, evidentemente, não garantiu nada.

O único indicativo de Lúcia foi que, para um habeas corpus ser votado no plenário do STF, ele tem que ser proposto por um de seus ministros. Dessa forma, observa-se claramente que o judiciário está sim sob a pressão dos golpistas, deixando passar a oportunidade que têm os ministros de fazer valer o que está escrito na Constituição.

Lula está lutando com as armas que tem, pelo menos nos parâmetros institucionais, contra a sua prisão que, nessa altura do campeonato, se não for duramente combatida por uma ampla mobilização popular, é dada como certa. Assim, suas defesas estão se esgotando e a polarização política em torno da sua prisão são sinais do impasse a que a situação política chegou.

Combater a prisão de Lula, com luta política em manifestações de rua e pela anulação do impeachment, é o caminho no qual as entidades e classe e os partidos de esquerda têm que se colocar neste momento. A Frente Brasil Popular, diante da iminência do encarceramento de Lula, deve chamar uma manifestação de massa de modo a enfrentar nas ruas a luta que já está esgotada no judiciário. Não à prisão de Lula.