Análise Política da Semana: as declarações do General Heleno sobre Lula

Análise Política da Semana, o programa semanal da Causa Operária TV com transmissão no Facebook, Youtube e Rádio, fez uma importante discussão sobre a principal tarefa da classe operária brasileira no início de 2018, a realização de um gigantesco ato em defesa de Lula em Porto Alegre no dia 24 de janeiro de 2018. Na última análise foi debatido longa e principalmente a questão da perseguição ao ex-presidente Lula e as ameaças dos militares de um aprofundamento do golpe no país.

O companheiro Rui C. Pimenta debateu com maior profundidade toda a questão política, econômica e social que envolve a perseguição a Lula, o golpe sobre Dilma Rousseff e o PT – mas principalmente contra o ex-presidente Lula, inclusive pela questão do que significaria sua possível vitória para o  mercado financeiro especulativo e imperialista.

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No trecho transcrito a baixo, o camarada coloca o problema dos militares – que já ameaçam há mais de um mês – às claras. Lê a última ameaça dos mesmos feita pelo General Augusto Heleno, que está na reserva e participou das operações no Haiti – comandadas pelos imperialistas dos EUA de forma arbitraria como sempre -, e que apresenta a política mais bem acabada dos militares para a atual situação. É necessário que todos os trabalhadores entendam essa situação, pois agora o exército pede a prisão de Lula sem provas.

Parte da declaração feita pelo General divulgados em grupos intervencionistas de extrema-direita:

“Os brasileiros com vergonha na cara, não podem aceitar que o chefe da quadrilha, que arruinou o país, seja candidato ao mais alto cargo da República, se valendo de chicanas jurídicas. Isso é um deboche, um murro na nossa cara.

Os idiotas da objetividade dizem que não há provas. Há sim. Inúmeras.

[…]

Agilizem os processos e coloquem essa máfia onde já devia estar: atrás das grades. Danem-se os prazos e os embargos. Não está em jogo esquerda, centro ou direita, estatismo ou liberalismo, presidencialismo ou parlamentarismo. Trata-se da sobrevivência do Brasil, que anunciado muito tempo como o País do porvir, transformou-se em uma multidão angustiada, face ao triste futuro que se desenha no horizonte, se essa corja se mantiver no poder.”

Os militares estão impacientes e querem que Lula seja preso. Se ele for preso e a população, em escala nacional, se revoltar, os militares podem assumir o controle, do jeito que for necessário. Se Lula não for preso, os militares podem considerar que o país e o Poder Judiciário está “tomado pela corrupção”, e, assim, entrar em cena.

De toda maneira, o dia 24 de janeiro é um passo importante na luta contra o golpe, contra a condenação e prisão de Lula. É preciso aumentar as caravanas de todos os estados para impor uma dura derrota aos golpistas e suas instituições.