Presente para as mulheres? ALESP adia votação de míseros 7% para os professores

O governador Geraldo Alckmin anunciou, em janeiro, o envio de projeto para a Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP), de reajuste de 7% do piso salarial de mais de 200 mil professores do quadro de magistério da rede estadual. Isto quando as perdas da categoria se acumulam, depois de quatro anos sem reajustes, sendo necessário um reajuste de 23,5% para repor.

Alckmin disse que ia conceder esse reajuste de 7% depois que a APEOESP (Sindicatos dos Professores do Estado de São Paulo) em ação coletiva no final de dezembro tinha garantido o pagamento de reajuste de 10,15% aos professores da rede pública paulista que equipara o salário base do magistério estadual ao piso salarial profissional nacional, do ano passado. Como a decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo havia sido tomada em segunda instância, o governador do Estado seria obrigado a fazer o pagamento retroativo a janeiro de 2017.

No dia 6/3 foi anunciado que talvez seria votado o projeto de Lei- PEC5, mas não foi. Na sessão na ALESP, o presidente da Casa anunciou que o projeto pode levar até 45 dias para ser votado. Um escárnio com o funcionalismo.

Com esse projeto enviado para a ALESP nota-se que o governador quis ganhar tempo e não conceder reajuste nenhum, pois agora os parlamentares alegam que o projeto de lei tem 43 emendas e que está fora do prazo de votação, uma manobra mentirosa e absurda, feita em acordo com o governo tucano que tem ampla maioria na ALESP.

Diante de todo o desmonte da educação, com o atraso de salários, o não aumento nem do mísero 7%, isso que estamos sem reajuste há 4 anos e as perdas somam mais de 25%, o fechamento de mais de 2.000 salas e as “reformas” do governo golpista que nos ameaça cotidianamente.

Nessa quinta-feira dia 8 de Março Dia de Luta das Mulheres acontecerá a assembleia dos professores estaduais. Todos ao Vão Livre do Masp para pressionar esse governo fora da lei e exigir, no minimo o reajuste de 23,5%.