Agressão aos militantes do MST e a autodefesa dos trabalhadores

De acordo com a imprensa golpista sempre que há um massacre de trabalhadores sem-terra, esta divulga o número de mortos dos sem-terra (nunca se morre do outro lado) dizendo que houve “um confronto”. Assim, falsifica-se, sempre, os atentados contra militantes do MST e demais trabalhadores da terra.

São inúmeros os relatos da agressão do bando fascista contra os sem terras. São muitos os que tombam nas emboscadas, atentados, arapucas e ardis armados pela horda fascistas.

É necessário que os militantes, ativistas, trabalhadores e jovens, organizados, passem a garantir a segurança e a defesa dos seus próprios movimentos de luta. É necessário criar comitês de autodefesa nos campos e nas cidades.

Recentemente assistimos militantes de acampamento pró-Lula que foram agredidos em Curitiba. Vimos que participantes do acampamento em apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em Curitiba dizerem que foram vítimas de agressão. Esta é uma realidade cada vez mais constante.

Ainda está na lembrança de todos a agressão ao padre Idalino Alflen, presente no evento que recepcionaria Lula, em Foz do Iguaçu (PR), quando avistou pessoas atirando pedras contra a militância, abriu os braços em sinal de protesto e foi agredido por um fascista covarde que partiu para cima dele com uma moto.

É importante ter em mente que o ato ou efeito de se defender pelos seus próprios meios, é defesa assegurada pela própria Constituição. Reagir a alguma violência é também componente assegurado pelo direito.

O coordenador do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra), João Pedro Stédile, disse que os movimentos sociais não aceitarão de forma alguma o aumento da violência sem que os atentados seja respondidos à altura.

São crescentes as provocações fascistas, as agressões como assistimos no atentado contra a Caravana do Lula pelo Sul do País, mortes nos campos e assassinatos como o de Marielle Franco, ex-vereadora do Psol. É necessário uma frente de esquerda para formação de comitês de defesa.

Já existiu um Comitê Mundial Contra a Guerra e o Fascismo. Isso mesmo, Mundial. O Comitê Mundial Contra a Guerra e o Fascismo foi uma organização internacional que se propunha a combater o fascismo na década de 1930. Naquela década, Adolf Hitler havia chegado ao poder na Alemanha, a Itália de Mussolini invadiu a Etiópia e eclodiu a Guerra Civil Espanhola.

Hoje a destruição da Síria e Palestina e o avanço do fascismo no Brasil e no Mundo nos colocam a tarefa de organizar comitês de autodefesa contra as agressões fascistas e do imperialismo.