Ação pela legalização do aborto no STF é a que tem o maior apoio da história

A ação que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF) com um ano completado, que diz respeito a descriminalização de mulheres pela prática de aborto, foi a ação que mais obteve apoio por meio de amicus curiae apresentadas no supremo. Contando com o posicionamento de mais de 36 entidades que endossam a causa e se interessaram em abordar o tema.

Esse fato, é uma clara demonstração de que há um ampla apoio não só de entidades que se engajam na luta das mulheres, mas que esse é um movimento de conjunto da população, as pesquisas feitas demonstram o crescente apoio popular acerca da legalização do aborto, ainda que essas pesquisas sejam feitas de maneira duvidosa. Fato é, que a direita golpista e moralista tenta mascarar o grande avanço que houve diante da ação, ato esse que somente demonstra qual a política que está colocada pela direita golpista para as mulheres: seu massacre direto.

A Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF), propõe a interrupção da gravidez nas 12 primeiras semanas de gestação. Assim como é evidenciado pela realidade concreta da opressão das mulheres, não seria diferente a forma como se deve propor a libertação da mesma, a ADPF alega como a proibição do aborto viola direitos básicos da mulher, tal como torturar a mulher que não deseja seguir com uma gravidez, além das milhares de mulheres que morrem anualmente ao realizarem aborto de maneira clandestina em clínicas que não lhes amparam de forma alguma.

Portanto, ainda que sob o viés do Estado burguês, o fato dessa ação ter imenso apoio, demonstra um avanço significativo no que diz respeito à luta das mulheres pela legalização irrestrita do aborto. Não tem motivos reais pelo qual a população venha a ser contra a legalização do aborto, na verdade isso fica muito bem demonstrado quando existe no momento uma grande mobilização política a favor da legalização do aborto e da luta das mulheres de conjunto. A legalização do aborto é um direito democrático das mulheres que deve ser tratado no âmbito particular e do ponto de vista de um estado laico. É uma questão de saúde pública e não moral ou religioso.