7 em cada 10 brasileiros pioraram de vida após o Golpe

Da redação – Na última sexta feira, 27 de julho, foi divulgada uma pesquisa da Vox Populi encomendada pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) sobre a situação da vida dos brasileiros. Segundo a pesquisa, aproximadamente 70% dos brasileiros considera que sua vida piorou desde o Golpe de Estado de 2016 em que a presidenta Dilma Rousseff foi ilegalmente substituída pelo golpista Michel Temer. Isso quer dizer que de cada 10 brasileiros 7 tiveram suas condições de vida duramente atacadas pelo Golpe de Estado.

A pesquisa foi realizada em 121 municípios de todo o Brasil e entrevistou cerca de 2 mil pessoas entre os dias 18 e 20 de julho. Do total de entrevistados, 69% considera que a vida piorou após o Golpe e apenas 6% diz ter melhorado de vida. 23% dos entrevistados afirma que não houveram mudanças e 2% não responderam. Na região Sul do País, onde se encontram os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, foi registrado o maior número de insatisfeitos chegando a 73%, seguido da região Sudeste (70%), Nordeste (68%) e Centro-Oeste (65%).

Além disso, a pesquisa também registrou o aumento da rejeição do governo que passou de 73% para 83% nos últimos 2 meses, o que significa que de cada 10 brasileiros ao menos 8 consideram o governo golpista de Temer ruim ou péssimo. Apenas 3% dos brasileiros consideram o governo bom, e mesmo esse número pode ser contestado se considerarmos que a pesquisa assume uma margem de erro de 2,2 pontos percentuais. A verdade é que o governo golpista jamais será um governo popular e jamais contará com a aprovação do povo brasileiro, pois sua política neoliberal ataca as condições de vida dos trabalhadores e coloca milhares de famílias na miséria enquanto enche os bolsos de banqueiros e de empresários estrangeiros.

De qualquer maneira, o que pode ser percebido é que a rejeição do povo trabalhador à política dos golpistas é quase uma unanimidade em todas as regiões do país e tende a aprofundar a crise do regime golpista na medida em que opõe resistência a essa política nas ruas. Essa rejeição total aos ataques da direita e as políticas neoliberais leva a um inevitável confronto entre os movimentos populares, e a classe operária de conjunto, e os golpistas que já vem se expressando na luta contra o golpe e na luta pela liberdade de Lula. É preciso aproveitar o clima de rejeição ao golpe para ampliar o movimento e radicalizar a política de enfrentamento aos golpistas.