25 de agosto de 1961: Jânio Quadros renuncia e golpistas começam as manobras para tomar o poder

Há exatos 57 anos o ex-presidente, Jânio Quadros (PTN), renunciou à presidência da república. O momento era de enorme tensão política, com intensa pressão da ala mais conservadora. Na época o governo deveria ser assumido pelo seu vice, João Goulart (PTB), que, no dia da renúncia, estava no continente asiático. Todavia sua visita à China serviu como pretexto para que Ranieri Mazzilli (PSD), então presidente da Câmara dos Deputados, assumisse o poder.

A direita golpista justificava tal manobra alegando que João Goulart possuía tendências à esquerda e que isso era inaceitável. Mazzilli contava com o apoio da ala mais conservadora e das Forças Armadas. Entre aqueles que não apoiavam o golpe, surgiu o movimento de resistência. Este foi liderado pelo então governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola (PTB). A solução encontrada para o intenso conflito instaurado foi a retomada do vice presidente, Jango, ao posto, mas com poderes constitucionais reduzidos. Sua posse ocorreu em 7 de setembro.

Seu governo foi marcado por enorme pressão da direita. Nesse sentido, em 1964, as Forças Armadas intervieram e o golpe militar foi instaurado em 31 de março. Os apoiadores do golpe eram os setores mais conservadores e as elites, além da Igreja. A população que se mostrava contrária foi brutalmente reprimida. Jango, em 2 de abril, se exilou no Uruguai.