Às 16h do dia 2 de outubro de 1992, na Casa de Detenção Carandiru, tem fim uma rebelião que começou, supostamente após um briga entre detentos que se espalhou pelo Pavilhão 9. Os presos começam a entregar as armas para negociar o fim da rebelião. Cerca de 300 policiais que foram chamados pela diretor da casa de detenção estão posicionados fora do pavilhão.
Por volta das 16:30h, a Polícia Militar rompe barricada feita pelos presos e entra no Pavilhão.
Com ordens do governo Fleury (PMDB) e do comando da PM, os policiais entram metralhando.Milhares de tiros são disparados contra presos rendidos e forma-se um rio de sangue nos corredores do Pavilhão.
Às 19 horas presos são escalados para carregar os corpos de todos os assassinados até o primeiro andar. São 111 presos assassinados pela PM em um dos maiores massacres já cometidos na história do sistema prisional brasileiro e mundial.
Os PMs assassinos do Carandiru nunca foram punidos e, na verdade, recentemente absolvidos. O massacre do Carandiru é uma das mais veementes denúncias da barbárie criminosa do sistema prisional brasileiro e da função assassina que a PM cumpre na sociedade brasileira.