1915: contra a direita reacionária, primeira advogada brasileira já defendia o aborto

A opressão contra a mulher é milenar. Com o avanço do capitalismo, os métodos de repressão, todavia, se tornaram mais intensos. O aborto, por exemplo, é prática proibida no Brasil, à exceção de casos em que a mulher é vítima de estupro, má formação fetal ou quando a gestação apresenta risco de vida.

Uma das primeiras discussões sobre este tema foi lançada pela primeira mulher a exercer o direito no Brasil, Myrthes Campos, que, em 1915, publicou o artigo “O direito ao aborto”. Ainda que ela tenha sido intensamente reprimida por suas colocações, absurdas na época, foi pioneira na luta pelos direitos das mulheres à realização de práticas abortivas, sem que fossem condenadas legalmente.

Ainda hoje mulheres são presas por realizarem práticas abortivas. Além da repressão penal, são alvos de  julgamentos morais, realizados pela direita hipócrita e instituições, como a Igreja.