15 de agosto: eleições e golpe de Estado

No próximo dia 15 de agosto, uma mobilização nacional tomará conta de Brasília para garantir o registro da candidatura de Lula à presidência. A manifestação convocada pelo PT coloca em pauta a possibilidade de atrair dezenas de milhares de pessoas e confrontá-las com uma das instituições-chave do regime golpista, o Tribunal Superior Eleitoral, um anexo do STF.

Essa será a primeira grande manifestação contra o golpe desde que prenderam Lula ilegalmente há mais de 100 dias. Para o nosso Partido esse é um momento importante para colocarmos em prática aquilo que defendemos durante todo o último período: a unidade na luta contra o golpe.

As eleições, tradicionalmente, não são o terreno mais propício para a unidade da esquerda. Pelo contrário, é quando a concorrência entre os partidos, entre diferentes políticas, se acirra. É por esse motivo que decidimos lutar pela candidatura de Lula, porque consideramos que é a única candidatura capaz de unificar a esquerda e os trabalhadores na luta contra os golpistas. Eis porque, por um lado, estaremos em Brasília no dia 15.

Estamos mobilizando pelo ato também porque sabemos que a luta contra o golpe está em contradição com as eleições. A atual situação é contraditória. Se milhões estão contra o golpe e querem Lula presidente, entenderam parcialmente que é preciso enfrentar o golpe, mas não sabem ainda como fazê-lo.

Nós nos apoiamos no que há de mais progressista nesta situação, isto é, o desejo de milhões de trabalhadores de se ver livre da opressão e do ataque profundo às suas condições de vida que os golpistas estão promovendo. Por isso vamos a Brasília no dia 15, pois o avanço da luta contra o golpe, a unidade dos trabalhadores e suas organizações de luta contra os golpistas, dependem do desenvolvimento de iniciativas como esta, e como outras de ainda maior importância, como a greve geral, que levem para as ruas o povo trabalhador contra os golpistas.