Depois de 100 dias da prisão de Lula: é preciso uma ampla mobilização para derrotar a ditadura da direita golpista

Já se passaram 100 dias que o principal lider popular do País está trancafiado no prédio da Polícia Federal em Curitiba, como resultado de umas das operações mais escabrosas que os golpistas realizaram até o momento, se é que passível de classificação as arbitrariedades da ditadura da direita golpista imposta ao país nos últimos dois anos no país.

Uma questão que está absolutamente cristalina na situação política brasileira é a de que o golpe não vai ceder no seu objetivo de banir Lula do quadro político nacional. Não se trata simplemente de evitar a candidatura de Lula nas próximas eleições, embora essa também seja um aspecto da sua prisão política, mas acima de tudo, os golpistas procuram impedir que Lula, pelo força da sua representatividade junto ao movimento operário e popular, seja o grande artífice da luta contra o golpe de Estado no país; que sua presença ajude a impulsionar necessária mobilização contra os ataques do regime golpista que tendem a se intensificar após a farsa das eleições que a direita golpista quer impor ao País.

Esses 100 dias de masmorra de Lula comprovaram que as ações jurídicas, embora cumpra um papel em deixar às claras toda a perfídia do judiciário brasileiro, não serão a saída para libertar Lula e impor o registro de sua candidatura à presidente como parte da luta contra todo o regime golpista.

Só há um caminho efetivo para derrotar o golpe: é a mobilização revolucionária das massas. Ou seja, uma grande mobilização popular que seja embasada em um programa de luta que se choque diretamente contra os principais pilares do golpe, a começar pela liberdade de Lula e o apoio a sua candidatura.

Um importante passo rumo a construção dessa mobilização é a realização da Conferência Nacional Aberta de Luta Contra o Golpe, nos próximos dias 21 e 22 de julho em São Paulo.