Em entrevista à Americas Quarterly, publicação sediada em Nova York, o pré-candidato à Presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, tirou o último véu para quem ainda titubeava em aceitar o óbvio: ele é candidato da direita. Tanto é que vem costurando apoios e confabulações com setores e partidos da direita, como o PP, de onde pode vir seu candidato a vice – Benjamin Steinbruck, atual vice-presidente da golpista FIESP, aquela do pato da avenida Paulista, e ex-patrão do próprio Ciro.
Ciro Gomes disse na entrevista que “o Brasil não aguenta e não precisa de um governo de esquerda”, acrescentando que seu projeto de governo seria de centro-esquerda, para tentar enganar os trouxas.
Além disso, durante a entrevista, que durou uma hora, Ciro criticou o ex-presidente Lula, de quem foi ministro, dizendo que, hoje, preso, Lula defende uma Constituição que o PT, sob sua liderança, se recusou a assinar em 1988, quando Lula era deputado federal, integrante da Assembleia Constituinte.
Mentira, deixando inequívoca seu pensamento de direitista.
A afirmação de Ciro para a publicação imperialista repete uma das muitas mentiras que a direita inventou sobre o PT e Lula. Em uma entrevista ao Estadão (29/10/2013), Lula negou que o PT tenha se recusado a assinar a assinar a Constituição de 1988. Lula declarou: “chegamos aqui com um projeto de Constituição e com um projeto de regimento interno. Até brinquei outro dia que se a Constituição proposta pelo PT tivesse sido aprovada, eu teria um pouco de dificuldade de governar o País. O dado concreto é que nós não votamos favorável à Constituição porque tínhamos o nosso projeto, mas assinamos por ter participado do processo constituinte”.
